Crítica: O Corvo - uma reinterpretação contemporânea com um vilão sobrenatural!

Dentre muitas continuações e remakes, chegou a vez do remake de "O Corvo" um clássico do cinema que completa 30 anos em 2024, a reinterpretação contemporânea do longa será lançado hoje (22) e nós do Geekblast já assistimos.

A premissa da sinopse é a mesma de 30 anos atrás, o jovem casal Eric Draven (Bill Skarsgard) e Shelly Webster (FKA Twigs) são assassinados brutalmente, a alma de Eric não consegue descansar e retorna para vingar a sua amada, guiado por um corvo.

Nessa nova versão mesclam a essência do clássico com elementos atuais para atrair novos fãs.

Shelly e Eric

Shelly Webster é uma grande musicista, filha de uma mãe obcecada por seu talento que a enreda com Vicent Roeg (Danny Huston). Shelly está fugindo de fantamas do passado quando vai parar na detenção.

Erick Draven é um jovem deliquente que está numa reabilitação, vive desenhando sua realidade e fantamas, isolado de todos, até ser visto por Shelly.

Juntos eles se apoiam um ao outro apesar de toda bagagem de vida que eles possuem, tentando superar o passado, mas não será tão fácil assim.

2024 x 1994

RELACIONAMENTO: O Corvo acima de tudo é uma história de amor entre duas pessoas que tiveram suas vidas ceifadas de forma repentina e brusca.

Faz parte da natureza humana se apaixonar, buscar um amor pra vida, mas será que é possível desenvolver um amor tão puro e forte em poucas semanas de convivência que supera até a morte? Diferente do longo de 94 em que o casal já estavam juntos a um tempo e prestes a se casarem.

VILÃO e TECNOLOGIA: Trazer um vilão com poderes sobrenaturais numa era com celulares potentes e Inteligência Artificial, e querer manter um anonimato é uma fantasiosa utopia. Pra quem não se recorda na versão de 94 o vilão era um traficante que dominava as gangues da cidade.

CONTEMPORANEIDADE: Comparando com 1994, o avanço da tecnologia, os efeitos especiais, fotografia e som dão ao remake de O Corvo um belo visual, mantendo a paleta de cor escura nos tons de cinza, além do vermelho, o vermelho sangue em vez do vermelho fogo dos incêndios.

MORTES: Utilizando de muita luta corporal com uma vibe slash, rola muito sangue para tudo quanto é lado. Uma das melhores cenas do filme é uma das últimas sequências gravada no teatro, enquanto uma opera está sendo encenada um baile sangrento acontece do lado de fora, o auge é a sincronia musical entre a peça e a luta.

Precisamos falar sobre Bill Skarsgard

A atuação de Bill (It - A Coisa) faz jus ao seu nome, uma mistura de Eric de Brandon Lee e um toque de Coringa, o Eric de 2024 é um jovem da geração Z, que não se preocupa muito com o futuro e sim com o momento, tem o corpo coberto de tatuagens e disfruta do uso de drogas e álcool. Bill consegue mostrar suas duas áureas, uma serena quando está atuando junto a Twigs e outra completamente diferente ao retornar como o anti-herói justiceiro.

Conclusão

A essência do amor e da vingança foram mantidas, assim como uma ótima atuação do personagem principal e um upgrade na parte técnica que tornou o longa visualmente belíssimo. Negativamente, o vilão poderia ser mais real, menos utópico. Outra coisa que senti falta foi a visão do corvo.

O vilão Vicent Roeg

Para os fãs do clássico de 1994 deve agradar com ressalvas, acredito que a nova geração vai conseguir se identificar com os personagens principais e ter uma opinião menos comparativa por estarem vivendo essa história pela primeira vez.