Sinopse
O filme Meu Filho, Nosso Mundo, acompanha o comediante Max Bernal (Bobby Cannavale) que, com casamento e carreira falidos, está morando com seu pai, Stan (Robert De Niro). Ele não concorda com Jenna (Rose Byrne) sobre a melhor maneira de cuidar do filho deles, Ezra, de 11 anos e diagnosticado com autismo. Cansado e decidido a mudar o jogo, Max parte com Ezra em uma viagem de carro para encontrar um lugar onde possam ser felizes.
Quando uma família recebe o diagnóstico de TEA (Transtorno do Espectro Autista) é um momento que pode causar muita dor. Pois ao nascer é criada muita expectativa sobre o futuro dessa criança, especialmente dos pais, já que é possível realizar os próprios sonhos através desse ser que carrega seu DNA. Claro que poderíamos gastar um artigo inteiro falando dos efeitos negativos das expectativas dos pais sobre seus filhos, mas a temática do longa Meu Filho, Nosso Mundo, segue por outro caminho.
Ocorre que o diagnóstico de Ezra ativa uma memória guardada há muito tempo em Max, Bobby Cannavale, que se recusa a aceitar que seu filho enxerga o mundo de uma forma diferente da sua. Já que no dia que recebeu o diagnóstico, o profissional que acompanhou Ezra disse que o garoto se expressa de maneira diferente, pois vive no seu próprio mundo.
Assim, com a intenção de trazer seu filho para o nosso mundo, das pessoas neurotípicas, Max sequestra o garoto e parte em uma viagem que fala mais sobre ele, do que sobre os desafios que seu filho enfrentará em seu desenvolvimento físico e psíquico.
Nos últimos anos temos percebido um aumento de conteúdos audiovisuais que focam na repercussão do diagnóstico nas famílias, como Atypical e Jovem Sheldon. Afinal, ter uma pessoa neurodivergente, independente do nível de suporte, faz com que a família precise se adaptar para permitir que a pessoa alcance todo o seu potencial. Assunto que estamos discutindo com mais frequência, ainda que um tanto superficial, já é um avanço.
Ocorre que o diagnóstico de Ezra ativa uma memória guardada há muito tempo em Max, Bobby Cannavale, que se recusa a aceitar que seu filho enxerga o mundo de uma forma diferente da sua. Já que no dia que recebeu o diagnóstico, o profissional que acompanhou Ezra disse que o garoto se expressa de maneira diferente, pois vive no seu próprio mundo.
Assim, com a intenção de trazer seu filho para o nosso mundo, das pessoas neurotípicas, Max sequestra o garoto e parte em uma viagem que fala mais sobre ele, do que sobre os desafios que seu filho enfrentará em seu desenvolvimento físico e psíquico.
Nos últimos anos temos percebido um aumento de conteúdos audiovisuais que focam na repercussão do diagnóstico nas famílias, como Atypical e Jovem Sheldon. Afinal, ter uma pessoa neurodivergente, independente do nível de suporte, faz com que a família precise se adaptar para permitir que a pessoa alcance todo o seu potencial. Assunto que estamos discutindo com mais frequência, ainda que um tanto superficial, já é um avanço.
O drama de adultos sem diagnóstico
É mais um tema tratado no filme, ou deveríamos dizer “pessoas que aprenderam a camuflar suas dificuldades”. Também existem as que simplesmente não conseguiram se adaptar e são vistas como “esquisitas”, com comportamentos fora da curva ou explosivos. Ao citar “explosivo”, não quero justificar comportamentos violentos, porque se a agressividade é consequência de um desafio emocional, que a pessoa busque ajuda, visto que absolutamente nada justifica agredir outro ser (humano, animal ou planta), todos merecem respeito.
Além disso, o diagnóstico não deve ser usado como desculpa para barbárie. Pois, não somos obrigados a conviver com pessoas agressivas incapazes de controlar a própria raiva. Se não consegue se controlar, que viva numa caverna. #obrigadodenada
Mas sabemos que existem muitas pessoas, principalmente autistas níveis 1 de suporte, que vivem sem diagnóstico e apoio para gerenciar sua falta de habilidade social e hiperfoco.
Além disso, o diagnóstico não deve ser usado como desculpa para barbárie. Pois, não somos obrigados a conviver com pessoas agressivas incapazes de controlar a própria raiva. Se não consegue se controlar, que viva numa caverna. #obrigadodenada
Mas sabemos que existem muitas pessoas, principalmente autistas níveis 1 de suporte, que vivem sem diagnóstico e apoio para gerenciar sua falta de habilidade social e hiperfoco.
Dito isso, ao ser apresentado ao diagnóstico do filho, Max e seu pai Stan, Robert De Niro, revisitam sua relação familiar, dando indícios de que temos mais diagnósticos perdidos.
Apesar do título original ser Ezra, não acredito que o garoto seja o foco da narrativa, ele é a motivação para que a família paterna confrontar as dores enterradas em cova rasa. Como a ausência da mãe de Max e esposa de Stan, história que não é aprofundada durante o filme, sendo esse o principal furo do longa, já que só temos um vislumbre do que aconteceu.
Enfim, Meu Filho Nosso, Mundo é um mergulho em questões familiares jogadas para baixo do tapete, que causaram e causam cicatrizes profundas. Que as gerações anteriores fingem que nunca existiram, e as novas questionam e querem solucionar. Afinal, vamos mesmo manter a narrativa de que na minha época não tinha essas coisas? Ou na minha época tinham formas de se livrar do problema sem ser preso por isso? São questionamentos que precisamos seguir fazendo.
Ficha técnica
Título: Meu Filho, Nosso Mundo
Título original: Ezra
País: EUA
Data de estreia: 15 de agosto de 2024
Gênero: Drama / Comédia
Duração: 102 minutos
Classificação: 14 anos
Distribuidora: Diamond Films
Direção: Tony Goldwyn
Elenco: Robert De Niro, Rose Byrne, Vera Farmiga, Bobby Cannavale, Whoopi Goldberg e William A. Fitzgerald
Título original: Ezra
País: EUA
Data de estreia: 15 de agosto de 2024
Gênero: Drama / Comédia
Duração: 102 minutos
Classificação: 14 anos
Distribuidora: Diamond Films
Direção: Tony Goldwyn
Elenco: Robert De Niro, Rose Byrne, Vera Farmiga, Bobby Cannavale, Whoopi Goldberg e William A. Fitzgerald