Cinema

Crítica: Os aventureiros - A origem - Luccas Neto investindo nas telonas

Os aventureiros – A origem, primeira aventura de Luccas Neto nos cinemas, filme que estreia dia 6 de julho pretende conquistar crianças e pais, será??

Após 13 longas criados para streaming, o influencer Luccas Neto resolveu investir nos cinemas, para isso criou uma narrativa que apresenta a Origem dos Aventureiros, filme que estreia dia 6 de julho nos cinemas de todo o Brasil.

Quem avista o Shopping Internacional, em Guarulhos, enquanto passa pela Dutra, já deve ter visto o cartaz do filme, que transporta as aventuras de Luccas Neto para as telonas. Mas, porque ir até o cinema para assistir um conteúdo disponível na palma das mãos? Como convencer a família a sair de casa para ver mais um filme do Luccas Neto? Através das crianças é claro, que são o público-alvo do influencer.

Sinopse

Luccas Neto, sua irmã Gi e seus amigos Vitória, Pedro e Jéssi não faziam ideia do que estava por vir na excursão da escola. Quando Luccas decide invadir o laboratório do recém-desaparecido cientista Honório Flacksman, o grupo é sugado para um portal que os leva para outra dimensão – a Cidade da Alegria.

Lá, eles são abordados por Catarina, chefe dos Guardiões, protetores da Cidade. Ela os interroga, suspeitando que estejam envolvidos no recente sumiço do mapa das Pedras do Poder - artefatos místicos que dão poderes aos “escolhidos” -, mas logo entende que só querem voltar para casa.

Desbravando a nova dimensão, eles encontram o cientista num esconderijo na floresta. Honório construiu uma máquina que pode ser a solução, mas que precisa de uma grande fonte de energia. Luccas o convence a usar as Pedras do Poder e Honório convida Megan, outra cientista (e lutadora) que também está à procura das Pedras e tem uma cópia do mapa.

Nessa aventura, repleta de charadas e armadilhas, a coragem do grupo é desafiada e os amigos entendem que a união é o que os torna mais fortes.

Luccas Neto invade os cinemas

Segundo matéria do Globo, Luccas pretende lançar 2 longas por ano, sendo esse seu primeiro investimento em narrativas para o cinema. Por isso, não poupou recursos, efeitos especiais duvidosos e trajes de super heróis que parecem ter sido comprados na Shopee. Ocorre que, ele também deveria ter investido em interpretação e carisma, porque deixou muito a desejar.

Eu sei que não sou o público-alvo de Luccas Neto, entretanto, sou a pessoa que paga pelo ingresso e pipoca, e como a pessoa que está ali para deixar as crianças felizes, acredito que deveria ter sido considerada, o que não foi o caso. Porque após 13 filmes, o mínimo que Luccas deveria ter feito era investir num curso de interpretação, para tentar entregar algo mediano.

Tudo bem cores e efeitos especiais chamam a atenção dos pequenos, porém, estamos falando de crianças que passam o dia na internet consumindo conteúdo, público que está ficando mais exigente. Por que eu vou pagar por algo que posso conseguir de graça? Durante toda a exibição do filme era só o que conseguia pensar.

Além disso, Luccas escolheu o período mais concorrido do cinema, às férias escolares, ficando espremido entre Pixar e Disney, e a minha contagem regressiva para a estreia do filme da Barbie. Não sei vocês, mas minhas expectativas para esse filme estão altas, apesar de saber que não deveria. Aliás, se não fosse o cartaz na fachada do cinema, nem saberia do filme de Luccas Neto.

Enfim, o filme é tão mediano quanto eu achei que seria. Entretanto, acredito que não vai falhar miseravelmente nas bilheterias, uma vez que Luccas tem um público fiel, e ele sabe disso. Um público capaz de convencer os pais de pagarem pelo ingresso e pela pipoca gordurosa, só para ver eles sorrindo. Eu paguei!!!


Ficha técnica

Título: Os aventureiros – A origem

Título original: Os aventureiros – A origem

País: Brasil

Data de estreia: 06 de julho de 2023

Gênero: Aventura

Duração: 85 minutos

Classificação: Livre

Distribuidora: Warner Bros

Direção: Andre Pellenz

Elenco: Gi Alparone, Luccas Neto, Beatriz Couto, João Pessanha e Karol Alvez.



Kika Ernane, Karina no RG, e sou multitasking (agora que aprendi o significado do termo segura). Uma mulher como muitas da minha geração, que ainda não descobriram como aproveitar a liberdade que lutaram tanto para conseguir. Muito menos administrar todas as tecnologias disponíveis. Enfim, estou sempre aprendendo.


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