Crítica – The Batman de Matt Reeves

A tão aguardada aventura do Batman estrelado por Robert Pattinson e Zoë Kravitz estreia dia 3 de março nos cinemas de todo o Brasil. Para quem, assim como eu, torceu o nariz para a escolha de Pattinson como intérprete do homem morcego. E não via a hora desse dia chegar para falar “eu sabia”. Adianto que não vai ser essa a impressão pós-créditos. Uma vez que Robert mostrou serviço.

Para quem estava com medo de Robert Pattinson estragar o legado de um dos maiores personagens da DC, saibam que em 80% do filme ele aparece de máscara. Aliás, ele vestiu bem o uniforme. Sempre acho que um dos testes para viver o homem morcego é ficar descolado de máscara.

Sinopse

Durante 2 anos Bruce Wayne (Robert Pattinson) vem atuado nas sombras, patrulhado as ruas de Gotham City e provocando medo. Não só no coração dos bandidos que combate, mas de toda a população.

Com a ajuda de Alfred Pennyworth (Andy Serkis) e do tenente James Gordon (Jeffrey Wright), Batman se tornou uma figura de destaque, um vigilante e esperança para todos os cidadãos.

Quando um assassino atinge a elite de Gotham através de uma série de ataques teatrais e elaborados, deixando um rastro de pistas enigmáticas para Batman. O homem morcego mergulha no submundo da cidade onde encontra personagens como Selina Kyle (Zoë Kravitz) Pinguim (Colin Farrell), Carmine Falcone (John Turturro) e Charada (Paul Dano).

Analisando o desempenho do novo interprete do Batman

Com um visual mais artesanal do que tecnológico. O Batman de Robert Pattinson é mais um homem perdido, que um mega bilionário tentando fazer justiça a sua maneira. Já que criou seus equipamentos com peças encontradas na garagem, ou espólio familiar. Sim, é um cara inteligente, mas em termos de tecnologia ainda tem um longo caminho a percorrer.

O Batmóvel é mais próximo do veículo dos filmes protagonizados por Michael Keaton e dirigidos por Tim Burton. Nada que lembre as narrativas de Nolan.

Se você já passou dos 30, não é o público-alvo dessa nova aventura do homem morcego. Ainda que Robert Pattinson atraia a geração que leu/assistiu à Saga Crepúsculo, no final dos anos 2000, o objetivo do filme é alcançar a geração Z e fomentar uma nova legião de fãs. Para aumentar o público que curte narrativas de heróis e continuar vendendo ingressos.

A propósito, quando está na tela fica óbvio a escolha de Pattinson, já que o ator aparenta ser mais jovem que a data indicada em seus documentos, 35 anos. Até o momento, já que em maio completa 36. O que me levou a pensar que ele pode, se não ficar de saco cheio, estrelar uns 10 filmes pelos próximos 20 anos. Já que homens têm uma carreira mais longa em filmes de ação e aventura. Se Stallone e Willis conseguiram, Robert também é capaz.

Outro ponto positivo é que não exploraram o corpo de Pattinson, confesso que estava apreensiva, visto que queria desver certas cenas de Crepúsculo. O ator aparece em dois momentos sem camisa, mas de costas.

A mulher gato

O visual de Zoë Kravitz me lembrou a Bond Girl de Halle Barry. Aliás, todo o visual do filme lembra os quadrinhos do final dos anos 1990. Com mulheres de cinturas minúsculas, que parecia que iria se partir ao meio no próximo suspiro. Muito couro e, Thanks God, sem miaus!!!

As ruas, construções e carros semelhantes tinham uma vibe de cidades abandonadas pelo progresso. Era como se Gotham City ficasse logo ali. Basta pegar o intermunicipal, muita coragem e descer na rodoviária do centro.

Na tela a parceria Zoe e Pattinson funcionou, apesar dela parecer mais madura que ele. Porém, se trata de mais um clichê de Hollywood, da mulher cuidadora. Afinal o garoto perdido precisa de um ombro para chorar, de preferência com pernas longas e cintura by Thalía. Não é porque curti o filme que vou passar pano para tudo. Huahuahuahua

Durante as mais de 2 horas que fiquei sentada não ouvi ninguém resmungar, e olha que a sala estava lotada. Coisa que sempre escuto quando vou ao cinema ver filmes estrelados por Pattinson. Foi assim com Lua Nova e Água para elefantes. Então acredito que não fui única pessoa que gostou do longa. Warner dessa vez vocês acertaram!!!! No caso da superlotação da sala não!!! #ficaadica

Com direção de Matt Reeves, The Batman, estrelado por Robert Pattinson, Zoë Kravitz, Paul Dano, Collin Farrell e grande elenco, estreia dia 3 de março nos cinemas de todo o Brasil. E sim, vale o ingresso!!!