Crítica: Raya e o último dragão

Raya e o último dragão é um filme excepcional por vários motivos, um deles é ser o primeiro filme da Disney com uma protagonista do sudeste asiático


Já há alguns anos a Disney estreia filmes no início do ano. Em 2021 foi um pouco diferente por causa da pandemia, mas tivemos a chance de assistir uma história inédita, Raya e o último dragão.

Com uma mensagem de união e de confiar uns nos outros, Raya se junta ao panteão de heroínas fortes já conhecidas pelos fãs do mundo mágico. 

Sinopse

Há muito tempo, no mundo de fantasia de Kumandra, humanos e dragões viviam juntos em harmonia. Mas quando uma força maligna ameaçou a terra, os dragões se sacrificaram para salvar a humanidade. Agora, 500 anos depois, o mesmo mal voltou e cabe a uma guerreira solitária, Raya, rastrear o lendário último dragão para restaurar a terra despedaçada e seu povo dividido.

Crítica

Raya é uma menininha no início do filme e durante uma tentativa de seu pai de juntar um mundo quebrado pela ganancia e desconfiança. Ela é traída por quem considerava amiga e pra quem abriu seu coração. Logo, ela passa a desconfiar de todos e tentar fazer tudo sozinha, mas ninguém é uma ilha.

O longa foi escrito por Qui Nguyen e Adele Lim, com trama baseada em contos, lendas e culturas do sudeste asiático, principalmente em países como Indonésia, Tailândia, Vietnã e Camboja. Podemos ver vários elementos na arquitetura, culinária e traços dos personagens que mostram essa inspiração apesar de estar em uma terra de fantasia.

Raya e o último dragão é um filme excepcional por vários motivos, um deles é ser o primeiro filme da Disney com uma personagem principal do sudeste asiático, outro é falar sobre união em um momento em que as pessoas do mundo tiveram que se separar fisicamente e ao mesmo tempo se unir para superar um mal que nunca se imaginou viver nos dias de hoje.


Mantendo a ideia de trazer um relacionamento de amizade ao invés de um interesse amoroso, a animação apresenta três personagens femininas com relacionamentos diferentes entre si, a guerreira Raya (dublada no original por Kelly Marie Tran), a dragão desastrada e de grande coração Sisu (dublada pela engraçadíssima Awkwafina) e a rival Namaari (dublada por Gemma Chan).

Além dessas personagens, o filme apresenta ainda a bebê Noi e Ongis, um trio de macacos, o pequeno barqueiro Boun e o grandão Tong, único sobrevivente de seu povo. Juntos, eles e Sisu tentam mostrar para Raya que confiança é importante e pode unir as pessoas.


A ganancia de pessoas que foram negacionistas e que só pensaram em si no mundo real pode servir de paralelo ao mal que atinge Kumandra e faz com que uns culpem os outros e esqueçam de ver o que há de semelhante e só enxerguem as diferenças.

Um filme que fala de trabalhar junto e confiar uns nos outros, uma mensagem que não poderia ser mais atual.

 

Ficha Técnica


Título: Raya e o último dragão
Título original: Raya and the last dragon
País:  Estados unidos
Data de estreia: 4 de março de 2021
Gênero: Animação, fantasia, família, 
Classificação: 10 anos - violência fantasiosa
Duração: 1h 47min.
Distribuidora: Disney
Direção: Don Hall, Carlos López Estrada
Elenco: Kelly Marie Tran, Awkwafina, Gemma Chan, Izaac Wang, Daniel Dae Kim, Benedict Wong

Pesquisadora em Têxtil e Moda; cinéfila; Potterhead e lufana. Adora escrever e dar dicas sobre seus filmes favoritos. Amante de boas histórias e personagens femininas que se impõe. Queria ter os poderes da Jean Grey, mas é apaixonada pela Jasmine. Nas horas vagas escreve sobre seus hobbies.


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