O mundo do entretenimento foi uma das indústrias que
sofreram o maior baque financeiro por conta da COVID-19. Por mais que surjam
soluções, algumas práticas, outras nem tanto, ainda não há a previsão de um bom
futuro para a recuperação deste setor da economia mundial.
É fato consolidado, por mais que você esteja com vontade de
sair por aí para ir a uma balada, num show, ao teatro ou ao cinema – e vamos
incluir aqui restaurante e bares -, o risco de ir a estes lugares, mesmo com
todas as precauções devidas, é ainda muito grande.
Seus amigos estão ok, em dia na proteção para que não se
contraia a doença, os locais estão fazendo os testes devidos para evitar que
uma pessoa possivelmente infectada entre – apesar de que temperatura no braço vai
ser diferente da testa, um pequeno grande erro por conta de rumores do WhatsApp
-, você, ao pegar uma bebida , pede que lavem o copo com álcool ou o atendente faz
isso na sua frente, no cinema e no teatro, cadeiras são higienizadas
rigorosamente e shows tem o seu número reduzido de pessoas para que haja um
maior espaçamento entre as mesmas.
A máscara, por agora, sempre presente. |
Por mais que todo o trabalho em cima da segurança higiênica possa ser feita por todas as partes, ainda assim, pegar a doença é extremamente alto, pois a grande maioria das pessoas que pegam ela são assintomáticas e estas passam despercebidas por quaisquer testes, pode dar uma espirrada ou uma tossida enquanto come, bebe ou fala com alguém enquanto está com a máscara abaixada, pega na maçaneta da porta de um banheiro e você faz o mesmo. Só precisa de um para infectar dezenas, centenas, milhares de pessoas.
Parece até mesmo algo que só pode ter saído das mentes
ardilosas do cinema, livro ou quadrinhos. Existem diversos filmes sobre estas
pandemias, algumas mortais, outras dadas mais a suspense, mas que mostram como
os mais diversos descuidos por parte da sociedade só fez ela cair quase em
completo caos naquela realidade imaginada, pegando alguns exemplos – quem sabe
alguém esteja curioso -, cito aqui estes filmes:
- Contágio (Contagion, 2011);
- Guerra Mundial Z (World War Z, 2013);
- Epidemia (Outbreak, 1995);
- Eu sou a Lenda (I am Legend, 2007);
- 12 Macacos (12 Monkeys, 1995);
- Zumbilândia (Zombieland, 2009);
- Filhos da Esperança (Children of Men, 2006);
- Vírus (Carriers, 2009).
E mesmo com estes filmes, fantasiosos de alguma forma, eles
nos alertaram do futuro, onde, num passado recente (SARS, MERS, H1N1) e remoto
(Gripe Espanhola, Peste Negra) as autoridades e as pessoas cometeram os mesmos
erros até ser tarde demais e a pandemia tomar conta da sociedade.
Com esse filme aprendi que tenho de ter um bom cardio e sempre atirar duas vezes para ter certeza. |
Vivemos, por quanto, um novo normal, onde os métodos não estão sendo seguidos à risca, a doença fazendo com a economia se estanque, pessoas percam emprego e os Estados ou não tem condição ou não o fazem corretamente, em sua grande maioria, para ajudar a sua população, criando um certo caos econômico e, desta forma, afetando as mais diversas áreas da economia.
Mas pessoas estão ansiosas para voltar ao antigo, estão
querendo sair sem a sua algema facial – a máscara -, querem se aglomerar sem temer
o pior, só que, no atual momento, querer não é poder. E as grandes empresas do
entretenimento tem de entender que as suas produções não são mais importantes
do que vidas humanas, apesar de que existem pessoas que QUEREM que os cinemas,
bares, restaurantes, teatros, reabram não importa como e que os shows devam ser
liberados, mas estas mesmas pessoas não fazem ideia quando o CPF de algum
familiar ou amigo é cancelado por querer este tipo de coisa.
O novo normal vai rescindir em breve, não precisamos de
coragem para ir aos locais do entretenimento, mas ter ela para resistir aos
nossos impulsos egoístas para satisfazer prazeres pessoais. Já se passou um ano,
com as vacinas X-men, daqui a um ano poderemos voltar a frequentar estes lugares.
Você tem coragem de tomar uma pelo seu time? Pelos seus pais, filhos e parentes? Pelos seus amigos e colegas de trabalho? Por desconhecidos que você cruza a todo momento na rua? Pela sociedade e pela economia da sua cidade, estado, país e do mundo? Sim? Então vamos esperar fazendo a nossa parte para não espalhar o coronga por nossa sociedade.
Um apelido carinhoso por parte dos brasileiros para o coronavirus, fazendo-o parecer inofensivo. |