O One Piece é o tesouro mais cobiçado na obra de Eiichiro Oda. Desde 1997, Luffy e seus amigos têm enfrentado os usuários de Akuma no Mi, a marinha, a CP9, os shichibukais, os reis dos mares, os Younkous etc. O objetivo final é sempre o "One Piece", o grande tesouro que está, nas palavras do icônico Gol D. Roger, lá "naquela ilha". Há algumas semanas, Tower of God (Kami no tou) fez sua estreia como a primeira obra da Crunchyroll Originals. Estaria ela a caminho do One Piece (oscar? Grammy? Emmy? Troféu Imprensa?) dos animes?
A comissária de bordo informou; "tivemos um pequeno atraso dessa vez, mas já vamos decolar". Dito isso, apertem os cintos porque essa é a segunda Ponte Aérea (
Antes, algumas considerações iniciais sobre Tower of God. 1) Trata-se de um manhwa (história em quadrinhos produzida na Coreia do Sul); 2) é um webtoon (isto é, um manhwa publicado online); e 3) já tem joguinho pra celular (essa informação é irrelevante, mas resolvi colocar assim mesmo). Feitas as considerações, vamos à análise dos episódios 1-6.
Tower of God é bem direto. Temos um protagonista (Bam) que não sabe do seu passado e que a única memória dele é com uma garota chamada Rachel. Ela queria subir até o topo da torre para ver as estrelas. Ela foi atrás do seu objetivo e Bam chega na entrada da torre e precisa fazer um teste para seguir adiante. Tudo isso nos primeiros minutos, sem rodeios.
Perceba que já nesse início já temos uma série de dúvidas: a) qual o passado de Bam e por que ele perdeu a memória?; 2) O que é a torre?; 3) Seria o objetivo de Rachel apenas ver as estrelas?; 4) o que é um manhwa? (essa aqui eu sei que vocês não fizeram. Brincadeirinha!)
A animação da série é bem incrível e ela passa uma ideia bem interessante de progressão bem ao estilo jogos de ação. Você precisa passar de estágio (subir literalmente de nível na torre) e cada um desses desafios são compostos por testes de força física (combates) ou mesmo jogos de raciocínio lógico (descobrir qual é a porta certa para seguir a jornada, por exemplo). Posso dizer que esse é um ponto mais do que positivo em Tower of God.
Outro elemento interessante são os personagens coadjuvantes. Cada um possui motivações próprias ou mesmo mistérios ao seu redor que são bem interessantes. E, claro, graças a essa diversidade nas suas motivações, cada um procura chegar ao topo da torre para realizar desejos bem distintos.
Eu diria que o ponto negativo disso tudo seria o nosso protagonista. Ele na verdade, para usar uma expressão popular, não "fede nem cheira". A única coisa que nos faz importar com ele é para entender quem é Rachel. Em outros termos, até o passado dele é desinteressante e sua motivação é a mesma de Rachel. Ele quer ajudar a garota a atingir o objetivo dela. Ele, por si só, não tem nenhum. Ele sequer tem interesse em saber do SEU próprio passado. Espero que, com o avançar da série, ele melhore.
Esperamos também que Tower of God demonstre um pouco do mundo "fora" da torre. Já tivemos alguns indícios disso em alguns flashbacks, mas seria interessante sabermos como é o mundo ali fora (ou ao redor, não sei) da torre.
Tower of God largou forte a caminho do "One Piece" dos animes. Aguardo vocês na próxima ponte aérea.
E na próxima semana, vamos falar sobre...