Até breve, família Alola! |
A situação em que me encontro é única. Depois de assistir a primeira temporada em 2018, parar na segunda e voltar a acompanhar indiretamente o anime na fase da primeira Liga da Região de Alola através das análises semanais do canal do Camaleão, eu decidi assistir o último episódio de Pokémon Sun and Moon por pura impulsividade. E eu fui agraciado com um episódio de despedida feito com carinho, amor e, principalmente, coração.
Sol e Lua terminou do jeito que começou, sempre focando nos laços que os unem pessoas e Pokémon, o que proporcionou maior liberdade nos temas, chegando a tratar explicitamente a morte em mais de uma ocasião. E foram esses relacionamentos que deixaram o episódio tão agridoce. Dentro da narrativa da série, praticamente metade dos protagonistas está de saída sem previsão de quando voltarão. E é difícil ver um membro dessa família ir embora. Mas é aquele ditado, "Se você ama alguém, deixe ele partir".
"Aqui é como uma segunda casa para nós. Iremos voltar, eu prometo. Então cuide da sede da Equipe Rocket em Alola enquanto estivermos fora" (James para Mareanie) |
Jesse e James receberam a ordem de voltar para Kanto, mas não queriam levar seus Pokémon no QG da Equipe Rocket e não queria deixá-los livres por aí. Mareanie ainda ficou um pouco iludida, achando que ia viajar junto a seus treinadores. Mimikyu ainda foi ter uma última batalha contra o Pikachu e precisou de uma conversa com Meowth para entender o significado de seguir em frente, apesar de tudo que estava acontecendo. O adeus à Bewear foi o mais doloroso. Ela foi praticamente uma mãe para a Equipe Rocket, cuidando, salvando, fornecendo abrigo e comida para eles. Para quem já foi tantas vezes agarrado subitamente, um abraço sincero era a despedida perfeita.
Lillie, Gladion e Lusamine estão de saída rumo ao mundo em busca do pai tendo como guia a Magearna que lhe foram dada, ainda bebê, como presente pelo próprio. O plot em aberto dá esperança de que poderemos ver a conclusão disso na nova temporada e reencontrar a dupla de irmãos. Enquanto Gladion já adiantou o pedido de revanche no próximo encontro mundo afora (que, nas palavras dele, "parece grande, mas é pequeno"), Lillie agradeceu ao Ash por tê-la ajudado em todos os passos dela como treinadora, desde o começo, quando tinha medo de encostar em um Pokémon, até aquele momento. Foi sincero, verdadeiro, tocante.
Ash querer voltar para casa para voltar a viajar por todas as regiões para concretizar seu sonho de mestre, mas não saber como dizer adeus à família que ele encontrou em Alola foi o mais sofrido dos adeus. Desde a hesitação no início do episódio, passando pelo momento da verdade, o apoio recebido daqueles que ele poderia chamar de irmãos e irmãs, chegando na cena no aeroporto, onde pede para Kukui/Nogueira, que desde o começo cedeu seu lar para o garoto de Pallet Town, e Burnet/Bruna, que logo entrou em prantos, cuidarem bem dos seus Pokémon, finalizando com o abraço em família... Tudo isso foi só choro.
E a surpresa que Kiawe, Lana, Sophocles e Mallow e os Pokémon do Ash fizeram ao voar perto da janela do avião para dar o último adeus ao som da nova versão de Type: Wild, um dos encerramentos japoneses da temporada original, só piorou o meu estado. Eu fiquei de cara inchada. Dar uma última olhada no que o núcleo de personagens está fazendo (treinamentos, pesquisas, viagens e batalhas) só me fez cair a ficha de que talvez demore a revisitar a região, mas a espera valerá a pena. E o último frame, indicando que Burnet está grávida, foi para matar.
Senhor, para de me fazer chorar, eu tô implorando. |
Ao mesmo tempo que não consigo conter minha animação para as aventuras da temporada que estreará dia 17 de novembro, eu já sinto tamanha saudade disso tudo que estou chorando enquanto redijo esse texto. Eu ainda tenho mais de 100 episódios para assistir antes de dar essa temporada como concluída da maneira certa (início ao fim), mas já adianto: Obrigado Sun and Moon! Obrigado Alola! Já estou sentindo sua falta! Agora vamos começar a maratona.