Cinema

Crítica: O Retorno de Mary Poppins – um filme lindo que não apresenta nada de novo

No filme O Retorno de Mary Poppins a babá encantada dos estúdios Disney volta para ajudar a família Banks numa aventura cheia de ritmo e belas canções

O Retorno de Mary Poppins chegará aos cinemas em 20 de dezembro. Estrelado por Emily Blunt, Mary Poppins, e Lin-Manuel Miranda, Jack, o acendedor de lampiões parceiro de aventuras. O filme traz de volta aos cinemas a babá encantada dos estúdios Disney, numa história repleta de dança e canções rimadas. 


Mary Poppins está de volta para ajudar a próxima geração da família Banks encontrar a alegria e a magia que estão faltando em suas vidas, após passarem por uma perda pessoal. Emily Blunt, de A Garota no Trem e Caminhos da Floresta, estrela O Retorno de Mary Poppins, da Disney, como a babá praticamente perfeita, e com habilidades mágicas singulares que pode transformar uma tarefa de rotina em uma aventura fantástica e inesquecível. Para isso, ela te a companhia de seu amigo Jack, interpretado por Lin-Manuel Miranda, de Hamilton e Moana – Um Mar de Aventuras, um acendedor de lampiões otimista que ajuda a trazer luz, e vida, às ruas de Londres.


Se você assistiu Mary Poppins vai entender bem o andamento do filme, pois eles usaram o primeiro filme como esqueleto do segundo. Apesar dos números musicais diferentes, nessa nova aventura nossa querida Mary repete os mesmos esquemas do primeiro filme.

Em O Retorno de Mary Poppins não tem uma palavra enorme e icônica como aconteceu na narrativa anterior. Entretanto, nessa nova narrativa, as rimas são as estrelas dos números musicais.


Uma história com ritmo e poesia


Acredito que P. L. Travers ficaria mais contente com a Mary Poppins de Emily Blunt, que achei mais séria e refinada que a interpretada por Julie Andrews. Não sei se é de conhecimento de todos, mas a autora dos livros que apresentaram Mary Poppins ao mundo detestou o filme feito por Walt Disney. Essa história é contada no filme Walt nos bastidores de Mary Poppins. Contudo, Lin-Manuel Miranda, o ator que substitui Dick Van Dyke na história, tem a mesma cara de bobo que Travers detestava em Bert.

Colin Firth é o tipo de ator que acredito que falta alguma coisa. No geral, ele é quase engraçado, quase mal, quase desastrado, ficando sempre no meio do caminho. Por isso, achei o seu personagem sem brilho, esperava maldade saindo por todos os poros. Mas, recebi um moleque mimado tentando se mostrar para o tio.

Os números musicais são encantadores, onde os atores interagem com personagens animados, rimas, coreografias e malabarismo que desafiam as leis da gravidade. No entanto, algumas cenas parecem uma sucessão de cenas que não se conversam entre si, algo bem ao estilo nonsense de Alice no país das maravilhas, também da Disney. Porém, nada que estrague o encanto do filme.


Alerta de spoiler


Dick Van Dyke faz uma participação no filme, sendo o único ator a repetir o mesmo papel na história.
Meryl Streep faz uma ponta no filme num papel que me lembrou sua personagem no filme Mamma Mia. Mais uma vez é aquela senhora louca, descolada, que faz as coisas de um jeito nada convencional, dando tudo certo no final.

Ainda que Mary Poppins tenha dado a pista logo no início do filme, somente no final fica claro o objetivo de seu retorno. Como toda dança e cantoria vai mudar a realidade da família Banks. Apesar de não apresentar nada de novo, O Retorno de Mary Poppins é lindo e encantador. As canções não são tão marcantes quanto as da primeira aventura de Mary, mas ainda assim agrada ao público com suas rimas sonoras e divertidas. É entretenimento para toda a família, e vai ser diversão garantida para as festas no final de ano.



Ficha técnica


Nome: O Retorno de Mary Poppins
Nome original: Mary Poppins Returns
País: EUA
Data de estreia: 20 de dezembro de 2018
Gênero: Musical, Comédia, Família, Fantasia
Classificação: Livre
Duração: 131 minutos
Distribuidora: Disney/Buena Vista
Direção: Rob Marshall
Elenco: Emily Blunt, Lin-Manuel Miranda, Bem Whishaw, Emily Mortimer, Julie Walters, Pixie Davis, Colin Firth, Meryl Streep, Dick Van Dyke, Angela Lansbury, David Warner, Jim Norton, Jeremy Swift e Bernardo Santos.

Kika Ernane, Karina no RG, e sou multitasking (agora que aprendi o significado do termo segura). Uma mulher como muitas da minha geração, que ainda não descobriram como aproveitar a liberdade que lutaram tanto para conseguir. Muito menos administrar todas as tecnologias disponíveis. Enfim, estou sempre aprendendo.


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