Cinema

Crítica: Filme Wifi Ralph – Quebrando a Internet - a aventura continua na rede

O filme Wifi Ralph – Quebrando a internet, dos estúdios Disney, estreia em 3 de janeiro no Brasil, estrelado por John C. Reilly, Sarah Silverman e Gal Gadot


Dia 3 de janeiro chega aos cinemas de todo o Brasil o filme Wifi Ralph – Quebrando a Internet dos estúdios Disney. Nesta segunda aventura, Ralph, o vilão dos jogos de fliperama, e sua melhor amiga Vanellope, a princesa mais veloz dos Arcades, invadem a WWW para encontrar um volante e consertar o Corrida Doce. Então, se você ainda não sabe se o filme vale o ingresso, chega na resenha que preparamos.


Ralph, John C. Reilly, o vilão dos videogames e sua companheira destemida Vanellope von Schweetz, Sarah Silverman, precisam arriscar tudo ao viajar para a world wide web em busca de uma peça sobressalente para salvar o videogame de Vanellope, Corrida Doce. Sem saber no que se meteram, Ralph e Vanellope dependem dos cidadãos da Internet – os internautas – para auxiliar em sua navegação, incluindo uma empresária chamada Yesss, Taraji P. Henson, que é o coração e alma do site que dita tendências “BuzzzTube”.

Se no primeiro filme do vilão mais fofo dos videogames as crianças não entenderam grande parte das referências apresentadas, nesta segunda aventura de Ralph e Vanellope elas vão se sentir em casa, ou melhor, logadas. Visto que, todas já nasceram no mundo digital e conhecem como a palma da mão que carrega o smartphone os aplicativos que surgem na tela.

Gostaria de saber se a Disney cobrou pelo merchandising, pois foi um desfile de marcas capaz de causar inveja nos grandes portais de notícia. Sendo que muitas delas nem fazem parte da nossa realidade.



Acredito que Wifi Ralph – Quebrando a Onternet é mais democrático que o primeiro, pois a inserção de outros personagens do universo Disney deixou a narrativa mais leve e engraçada. Como é o caso das Princesas Disney, que atraem as meninas, por causa da explosão de fofura. Vê-las na tela sem aqueles vestidos enormes e brilhantes, aproxima as personagens do público. Assim fica mais fácil acreditar que qualquer garota pode ser uma princesa. As piadas acerca dos clichês de histórias de princesa funcionam muito bem. Com isso, mostrando que o mundo mudou, tanto quanto a internet transformou nossas vidas.

A personagem Shank é a versão Fast and Furious da garota descolada. Apesar de ser a cara da Idina Menzel, tem a voz da atriz Gal Gadot. O que aconteceu aqui, Disney? Geralmente os personagens lembram os atores que emprestam suas vozes, como é o caso da Vanellope e o próprio Ralph. Porém, alguma coisa aconteceu com a Shank.


Como já faz parte do estilo Disney de contar história, o longa tem piadas que deixam a narrativa ágil e divertida. Entretanto, perto do final o filme, perde um pouco do ritmo ao tentar explicar o que estava acontecendo com Ralph. Vamos lá, Disney: não precisa parar para refletir, basta continuar combatendo o mal, pois estamos aqui para isso.

Curti a parte do filme que fala sobre a deep web, pois me senti tentando comprar CD na Santa Ifigênia. Quem já fez isso sabe do que estou falando. Aquele friozinho na barriguinha que surge, enquanto esperamos o vendedor voltar com o CD que foi buscar deus sabe onde.

Wifi Ralph – Quebrando a Internet é muito divertido, apesar do problema com a desaceleração do ritmo no final. As referências da cultura pop continuam sendo o ponto alto do roteiro. Uma vez que é interessante descobrir como os aplicativos serão incorporados a narrativa. Enfim, o filme é entretenimento para toda a família. Afinal, mesmo que os pequenos sejam o foco do longa, a história consegue arrancar sorrisos de todos.  

Ficha técnica


Nome: Wifi Ralph – Quebrando a Internet
Nome original: Ralph Breaks the Internet
País: EUA
Data de estréia: 3 de janeiro de 2019
Gênero: Animação 
Classificação: Livre
Duração: 116 minutos
Distribuidora: Disney/Buena Vista
Direção: Rich Moore e Phil Johnston
Elenco: John C. Reilly, Sarah Silverman, Gal Gadot, Taraji P. Henson, Jack McBrayer, Jane Lynch, Alan Tudyk e Alfred Molina.   


Kika Ernane, Karina no RG, e sou multitasking (agora que aprendi o significado do termo segura). Uma mulher como muitas da minha geração, que ainda não descobriram como aproveitar a liberdade que lutaram tanto para conseguir. Muito menos administrar todas as tecnologias disponíveis. Enfim, estou sempre aprendendo.


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