Se você é uma pessoa impressionável, dessas que têm muito
medo do Capiroto, O Mundo Sombrio de Sabrina não é pra você. Já que, o coisa
ruim aparece de tudo quanto é jeito e forma. Além de enviar diversos dos seus
funcionários pra atormentar a população de Greendale.
O Mundo Sombrio de Sabrina entrou no catálogo da Netflix em 26 de outubro. É uma série onde Sabrina Spellman é uma adolescente metade humana/metade bruxa que precisa receber o batismo das Trevas, e assinar o seu nome no livro da besta na noite que completa 16 anos. Na qual, coincidentemente, ocorre uma lua de sangue. Entretanto, ao fazer isso Sabrina (Kierna Shipka), precisa desistir da vida que conhece e entrar na academia de bruxas para desenvolver seus poderes. Porém, a pequena meiao bruxa/meio humana tem um namorado e amigos que não quer abandonar. Sendo esse o maior conflito da bruxinha, se tornar uma bruxa como deseja a sua família ou desistir e continuar sendo somente mais uma adolescente. O conflito de pelo menos 80% da humanidade, já que travamos uma batalha eterna entre o que desejamos e o que esperam de nós.
Sabrina é uma garota esperta e inteligente, contudo não é minha
personagem favorita. Acredito que o melhor da série é a relação entre Zelda e
Hilda as duas tias de Sabrina (Miranda Otto e Lucy Davis respectivamente). Fica
sempre aquela dúvida, será que elas se amam, se detestam, têm inveja ou rancor.
O importante é que o diálogo entre as duas é bem legal.
Às vezes fico confusa com a semelhança entre os personagens
de O mundo Sombrio de Sabrina e Riverdale, algo normal entre os personagens criados
pela Archie Comics, que assim como a Hanna-Barbera reaproveitava acetato, no
caso de pranchas de desenho. Por isso, achar o Harvey, Ross Lynch, parecido com
Archie não é mera coincidência, é um fato. A Susie é igualzinha ao personagem Jughead,
Cole Sprouse. E as semelhanças não param por aqui, porém esse parágrafo sim.
O mundo Sombrio de Sabrina explora todos os tópicos de magia
negra, necromancia, invocação, pacto com o Capiroto, a marca da Besta, entre
outros temas cabeludos. A narrativa é pesada, o que suaviza a trama são os
personagens. Ainda temos assuntos normais da vida de um adolescente como
bullying, feminismo, assumir o negócio da família, tudo isso regado a muito
sangue e demônio pipocando na tela.
Eu recomendo a série, contudo com muitas ressalvas. Pois o
coisa ruim não dá sossego nem por um segundo.