Critica: Os Farofeiros, um Férias Frustradas brasileiro

Dupla de diretor e roteirista voltam em mais uma comédia que, apesar dos altos e baixos, acerta em apostar em um tema bem brasileiro.

Todos nós temos uma história engraçada de férias para contar. Quem nunca ficou parado na estrada rumo ao litoral, encontrou uma casa que não era exatamente o que se esperava e ficou vermelho de sol porque esqueceu o protetor?

Pensando nessas histórias, que são muito presentes na vida dos brasileiros, Roberto Santucci e Paulo Cursino, diretor e roteirista respectivamente, revelaram em coletiva que a ideia surgiu durante uma das cenas de Até que a sorte nos separe 2 e a inspiração veio dos filme Férias Frustradas.

Quem conhece a franquia americana sabe que as histórias normalmente norteiam viagens de MotoHome e são bem características do povo americano. Para trazer mais a cara do brasileiro, Cursino pensou em algo que quase todo brasileiro já fez e que poderia render uma história engraçada., viagem de fim de ano para a praia.

O filme conta a história de 4 colegas de trabalho que irão viajar juntos para o feriado de ano novo. Com a premissa que a história é contada por um dos filhos do personagem de Antonio Fragoso durante a primeira aula do dia, o filme permite alguns exageros, relacionados com a imaginação fértil da criança, isso deixou transparecer algumas experimentações interessantes para o diretor. Algumas funcionaram muito bem e elevaram a história do filme (destaque para uma das melhores cenas de Danielle Winits no cinema que faz uma boa homenagem aos filmes de terror) outras poderiam ter sido retiradas, como a cena de mosquitos animados que não faz sentido nenhum.

Um dos grandes acertos do filme é a escalação dos atores, com algumas caras pouco conhecidas do grande público e algumas já veteranas. A boa química entre os atores faz com que nos identifiquemos com as situações e essa identificação ajuda a dar graça até mesmo às piadas mais pesadas.