Séries & TV

O 300º episódio de Grey's Anatomy - Parte 2 - Passado, Presente e Futuro

De longe, o meu episódio preferido. E, certamente, o de todo o fandom.



Pode ser estranho para você, prezado leitor, ver a crítica de qualquer coisa dividida em duas partes, mas essa ocasião é especial porque não é todo dia que uma produção em série não-animada chega a 300 episódios. Isso é um marco na história, não só de Grey's Anatomy, como da televisão em sua totalidade.




Caso tenha lido a primeira parte da review, pode ver que foquei, principalmente, na "reunião" do quinteto M.A.G.I.C., além de um momento especial para Callie e Mark. Essa segunda parte, além de falar das demais referências e protagonistas, tem a intenção de abordar pontos críticos que marcaram presença nesse episódio. Vamos começar.

Música pra acompanhar:


Mais um pra lista de casais à beira da ruína


Temos que ser sincero. Se, a cada temporada, não tivesse drama de um casal com o casamento/namoro em crise, não seria Grey's Anatomy. A bola da vez nesse episódio em específico é Ben Warren (Jason George) e Miranda Bailey (Chandra Wilson), apesar de já termos nos deparado as de Owen (Kevin McKidd) e Amelia (Caterina Scorsone) e da própria Meredith (Ellen Pompeo) com Riggs (Martin Henderson, que deixou a produção no começo dessa 14ª temporada).

Voltando ao casal da vez, Bailey, infelizmente, caiu no meu conceito. A residente mais temida das 5 primeiras temporadas se tornou chefe, mas nem isso o roteiro transmite, deixando a personagem ocasionalmente como alívio cômico. Ocasionalmente no sentido de "quando não está reclamando do seu marido querer ser bombeiro agora".

E por falar no homem em questão, Ben se tornou um personagem muito bipolar ao longo dos anos. De anestesista foi para cirurgião, fazer residência em Los Angeles e quase perdeu a esposa no meio disso. Depois quase perdeu o emprego e se estabilizou. E desde o finale da temporada passada que ele quer ser bombeiro pelo mero fato de "adrenalina".

Espero que essa série dos bombeiros, cujo piloto será exibido em 2018 dentro de Grey's Anatomy, seja bom. Do contrário, podem tirar o Ben que ele não vai fazer tanta falta. Só não matem ele. Só estou sendo sincero.

"He's Very Dreamy...


Derek Sheperd. Também conhecido como McDreamy e Dr. Bonitão, o personagem de Patrick Dempsey não poderia ficar de fora pelo simples motivo dele ter sido, junto de Meredith, a alma da série, o verdadeiro simbolo de que amor verdadeiro existia e ainda existe por aí. E nada mais justo do que ser citado pelas 3 pessoas mais próximas a ele que ainda estão vivas (por agora): a filha (Zola), a irmã (Amelia) e a esposa (Meredith).

A da personagem de Pompeo foi bem simples: um passeio de balsa. A coisa que o marido mais fazia (às vezes porque era a única coisa para fazer quando chegou em Seattle vindo de Nova York), mas ainda sim foi linda. Amelia lembrou o irmão por causa de um paciente que apresentou os mesmos sintomas que ele apresentou quando deu entrada para a sua morte, quando uma simples tomografia computadorizada poderia tê-lo salvado. Dean era para Amelia o que Greg era pra Webber e Bailey: a chance de salvar Derek e George.

Mas o verdadeiro destaque vai para Zola (Aniela Gumbs), que, além de já mostrar conhecimentos médicos,  (Daqui a 10 anos ela vai ter idade pra entrar como interna) (Como se Grey's fosse durar tanto tempo) demonstrou uma simplicidade enorme ao conversar com Maggie (Kelly McCreary) sobre a saudade que ela sente do pai assim como a cirurgiã cardíaca sente saudade da mãe (vontade de colocar ela num cofre e protegê-la de todo o mal que Shondanás e companhia podem aprontar até o series finale). Além disso, ela demonstrar interesse pelo ramo neurológico foi a melhor homenagem que algum personagem poderia ter dado ao Derek.

Embora ela não esteja aqui, ela sempre estará com você.                                                                                                                                                 -Zola Grey Sheperd

"... but he is not the sun. You Are."


Grey. Seria ilógico não homenagear a história da personagem que leva o nome da série nesse marco, e nada poderia ter sido melhor do que ganhar o Prêmio Harper Avery de Inovação Cirúrgica, o prêmio mais cobiçado dentre os cirurgiões da produção, ao lado de Webber e Bailey, o ex-chefe e a ex-professora dela, com lágrimas de orgulho e felicidade pela receber um discurso em sua homenagem, relembrando sua história, mostrando como a personagem chegou onde está hoje.

Dra. Grey experimentou mais perdas em sua vida do que a maioria de nós julgaria justo. No entanto, ela tira toda essa perda e tranforma em um impulso para salvar vidas e continua a encontrar alegria em seu trabalho como cirurgiã, mentora e mãe.

Melhores palavras não poderiam ter sido ditas, Jackson Avery (Jesse Williams) (Com uma adaptação minha, confesso). O cirúrgião plástico, que recebeu o prêmio em nome da Meredith porque ela inventou de ficar no hospital para atender os Babies, falou pouco, mas falou bonito ao citar o quanto Derek, Lexie (Chyler Leigh) e Ellis Grey (a mãe) estariam orgulhosos daquela menina que, lá no longínquo piloto, estava meio perdida em relação ao jogo que era a vida médica.

Por falar em Ellis Grey (Kate Burton, a única do elenco morto do seriado que concordou em voltar para a comemoração), a aparição de seu fantasma aplaudindo a filha que uma vez chamou de comum, ordinária, foi disparada a cena mais tocante do episódio. Isso é, até a comemoração no antigo corredor/ponto de encontro dos internos originais.

E isso é Grey's Anatomy, uma montanha russa de emoções, dramas com pitadas de medicina que, por 300 episódios, conquistou o mundo. E, creio eu, que eles ainda tem muita história para contar.

Nobody know where we might end up. Nobody knows.

Escreve para o GeekBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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