Relembre um pouco da série que teve 5 temporadas, 100 episódios e uma legião de fãs
Teve uma época na TV americana, mais ou menos até 2013, onde, para qualquer canal em que você estivesse, tinha uma trama muito parecida com Lost. E não era para menos, a produção revolucionou a maneira de produzir novas histórias. Parecia uma tempestade onde todo mundo estava preso. E, no meio dessa tempestade de programas, existia Fringe. Conheça um pouco mais dessa linda produção que, ao contrário de Lost, teve início, meio e fim.
O mundo como um experimento
O elenco que você respeita
O seriado, que teve como produtores J.J. Abrams (Lost), Roberto Orci e Alex Kutzman (Star Trek), desenvolvia-se a partir de uma simples, mas intrigante, pergunta: "E se a ciência estivesse além de nossa imaginação?" e acompanha a história de Olivia Dunham (Anna Torv), agente do FBI que, após um acidente de avião onde todos os passageiros morreram sob circunstâncias peculiares, se vê envolvida com Walter Bishop (John Noble), renomado cientista que foi posto em uma instituição psiquiátrica por seu filho Peter, e o próprio Peter Bishop (Joshua Jackson) na chamada "Fringe Division" ou "Divisão Fronteiras".
Fora Olivia, Peter e Walter, nós temos, ainda que não tiveram o destaque merecido, Astrid Farnsworth (Jasika Nicole), agente júnior especializada em criptografia, linguística e Ciência da Computação designada para a divisão com o objetivo de ajudar o pessoal, e Phillip Broyles (Lance Reddick), chefe da sede do FBI em Boston, amigo de Olívia e detentor de um ar de mistério.
A Divisão Fronteiras era sediada no porão da Universidade de Harvard, em Boston, onde, no passado, Walter desenvolveu experimentos que, de um ponto de vista comum, seriam catalogados como "impossíveis", assim como a natureza dos casos.
Esquecer de Gene, a vaca geneticamente modificada do Walter? Jamais!
Além da divisão, nós tínhamos a Massive Dynamic, empresa fundada por William Bell, um misterioso homem que compartilha um passado com Walter, e comandada por Nina Sharp (Blair Brown), uma mulher tão misteriosa quanto Bell, também partilha de um passado com Peter e possui uma mão mecânica desenvolvida pelo próprio Bell, que, várias vezes, esteve envolvida ou tinha conhecimento a respeito dos caso Fronteira.
Só pela descrição acima, você já sente uma pegada de Arquivo X na produção, mas ela possui uma identidade própria que fascinou (e ainda fascina) quem assistiu o show, que durou entre 2008 e 2013.
Desenvolvendo histórias, um episódio de cada vez...
Arquivo X possui a divisão clássica entre episódios mitológicos (episódios focados principalmente no desenvolvimento da trama da temporada) e episódios "Monster Of The Week" (episódios focados em um caso em específico). Fringe apropria-se dessa divisão e as mescla. Todo episódio é uma mistura de "MotW" e mitológico, mas alguns focam mais em um do que no outro.
A primeira temporada teve um maior número de episódios de "casos da semana", que não deixavam de ser interessantes por causa da tentativa do show de explicar determinado fenômeno através de atributos físicos reais, como Magnetismo, Ondulatória, Eletricidade (Gaiola de Faraday, estou olhando para você) e, mais frequente, Física Moderna, Teoria da Relatividade,entre outros.
Isso vai se tornar algo bem comum... Um dia
Além disso, cada capítulo prepara o terreno para os três episódios finais, que, além de serem muito mindblowing, apresentou a trama principal que seria abordada até o final da 4ª temporada. Eu não vou dizer porque seria considerado SPOILER, mas só posso afirmar que "There's More Than One Of Everything".
...E indo além dos episódios
Não posso deixar de citar a abertura da série, que além de ter uma músicacom grande possibilidade de ficar na cabeça, apresentava termos científicos que faziam, ou não, parte da respectiva temporada e uma simbologia única, carinhosamente chamada de Glyphs.
Como pode ver no vídeo acima, existem variações na abertura, não somente nos termos científicos por conta da mudança de temporada, mas pela coloração, que indica episódios e eventos marcantes que, se eu dissesse, poderia ser considerado SPOILER. Em relação ao Glyphs, eles são simbolos que apareciam no fim de um bloco antes dos comerciais. Apesar de só haverem 8, cada um deles representava uma letra do alfabeto através das variações de posições e um episódio tinha de 4 a 7, sempre formando uma palavra que poderia estar, ou não, relacionada ao episódio em questão.
Aprenda sua nova lingua: o Glyphiês
A última esperança da humanidade
Já vou avisando que essa parte em específica contém SPOILERS. Então leia por sua conta e risco.
Eu tive que separar essa parte para falar somente da 5ª temporada do show, porque ela foi feita especialmente para os fãs. A audiência caiu muito durante a 4ª temporada, apesar da produção ainda ser de qualidade. Cancelar era algo impensável a tal ponto, porque perguntas seriam deixadas sem resposta, fatos desconhecidos e, principalmente, quem (ou o que) seriam os Observadores?
A luta pelo futuro da humanidade começa.
A temporada final pegou aquilo que foi apresentado em "Letters of Transit" (o 19º episódio da 4ª temporada) e expandiu de uma maneira para que 13 episódios fossem o suficiente para explicar tudo aquilo que acontecia diante de nossos olhos. Era um universo magicamente perturbador, onde coisas que, a nosso olhar, são comuns, como pensamento privado, comunicação e, principalmente, LIBERDADE, simplesmente não existiam, por causa da invasão dos Observadores. O principal foco da temporada era a guerra contra essa opressão, a guerra pelo futuro da humanidade.
Pode ter um Observador te observando enquanto você está lendo este texto.
Explicando, os Observadores são seres humanos de um futuro muito distante cujo cérebro sofreu uma "evolução" que, embora tenham perdido qualquer capacidade sentimental e emotiva, além de cabelo também, os permitiu viajar no tempo, no espaço, entre dimensões, teletransportar-se, ler pensamentos, entre outras coisas muito badass. Dizem que eles já presenciaram os eventos mais importantes da humanidade, até mesmo o próprio Big Bang. Além disso, a temporada desenvolveu principalmente a, antes conturbada, relação entre Peter e Walter, que rendeu uma das cenas mais emocionantes do series finale:
Tem um olho na minha lágrima com essa cena
Uma desconhecida conhecida aventura
Mesmo que não tenha feito tanto alarde quanto Lost (também conhecida como irmã mais velha), Fringe certamente conquistou (e ainda deve conquistar) o coraçãode quem se compromete, se dedica, dá um pouco de si para assistir essa série. Eu poderia ficar horas e horas falando sobre o quanto eu acho essa série perfeita e emocionante, mas vou deixar uma última imagem, um simbolo muito conhecido e muito apreciado pelos fãs:
Gian Luca
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