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Doctor Who: Os 7 acertos de Steven Moffat no comando da série

Após 7 anos, Steven Moffat teve seus altos e baixos como produtor de Doctor Who. Veja as 7 vezes que acertou em cheio



Publicamos ontem no GeekBlast a lista dos 7 erros de Steven Moffat a frente de Doctor Who, série clássica britânica que o showrunner comandou por sete anos. Mas não só de erros viveram os Doutores de Moffat. Nessas seis temporadas, o produtor trouxe muita coisa boa para o legado da série.

Aviso: Este post contém spoilers



7 – Missy

Michelle Gomez como Missy
O misterioso vilão do arco-geral da 8ª temporada era ninguém mais, ninguém menos que o Senhor do Tempo Mestre, responsável até mesmo por juntar Clara e Doutor meses antes de sua regeneração. O twist de Moffat, no entanto, está no novo corpo do Senhor do Tempo, ou melhor, Senhora! Incorporando a ideia de que a regeneração poderia sim mudar o sexo dos Senhores do Tempo, o Mestre se torna Missy, interpretada brilhantemente por Michelle Gomez (Green Wing).

6 – River Song

River Song: que mulher
Introduzida num episódio escrito por Moffat ainda quando Russell T. Davies era o produtor, River (Alex Kingstone, Arrow e Gilmore Girls) se tornou uma das personagens mais intrigantes da série. Além de forte, a futura esposa do Doutor era extremamente inteligente, audaciosa e independente, superando o raciocínio do Doutor inúmeras vezes, até mesmo quando pilotava a TARDIS (que não deveria fazer o barulho clássico que amamos). A ideia de que sua linha do tempo era contrária à do Doutor também rendeu ótimas tramas e diálogos emocionantes.

5 – Os Pond

O melhor casal que o Doutor respeita
Amy (Karen Gillan, Guardiões da Galaxia) e Rory (Arthur Darvill, Legends of Tomorrow) foram companheiros do Doutor por duas temporadas e meia. No meio tempo, Rory chegou a literalmente deixar de existir, Amy ficou presa por 2000 anos na Pandorica e eles tiveram uma filha que acabou se tornando River Song. O casal era, além de inusitado, brilhante e impediu o velho cliché da companheira feminina que se apaixona pelo Doutor, fazendo de Amy a personagem humana mais forte a viajar na TARDIS.

4 – O arco de Maisie Williams

Maisie Williams tocando o terror em Doctor Who
Para quem não sabe, Arya Stark deu as caras na última temporada de Doctor Who como a viking Ashildr, que conquista a imortalidade após um erro de cálculo do 12º Doutor. Com o tempo, a personagem esquece suas vidas passadas e decide se chamar apenas Me ("eu", em inglês), antes de se tornar a líder de uma colônia de alienígenas refugiados na Londres moderna. Com o tempo, Me se torna insensível e arrogante, refletindo o 12º Doutor e causando, acidentalmente, a morte de Clara. A presença da menina é tensa em todos os momentos que a vemos em tela e lidada com maestria por Steven Moffat.

3 – Clara Oswald

A "garota impossível" e a TARDIS
O planejamento a longo prazo de Moffat é de se admirar. Jenna Coleman apareceu em dois episódios, interpretando personagens diferentes antes de se juntar de vez ao 11º Doutor como Clara Oswald, a garota impossível. Por que impossível? Em “O nome do Doutor”, Clara, na tentativa de salvar o Doutor da morte em Trenzalore mergulha de cabeça na linha do tempo do Senhor do Tempo e se encontra com todas as outras 11 encarnações do gallifreniano. Essencial para o decorrer da série, Clara era inteligente e independente, além de ser forte o bastante para vencer psicologicamente os vários inimigos que encontrou pelo caminho, incluindo Missy e os Daleks.

2 – “Os maridos de River Song” e “O retorno do Doutor Mysterio”

Cena de "Os Maridos de River Song"
Sejamos justos, Moffat escorregou, e muito, com alguns dos seus especiais de Natal, mas os dois últimos foram brilhantes. “Os maridos de River Song” finalmente concertou o erro de “O casamento de River Song” e mostrou todo o amor e paixão que existia entre River e sua cara metade, além de uma cena final romântica que encerra melancolicamente a vida do casal. Já “Doutor Mysterio” foi capaz de brincar com a enchente de filmes e seriados de super-heróis, ao mesmo tempo em que o Doutor apresentava toda a fragilidade do luto que sentia por perder River Song. O especial serviu não só para lembrar que o Senhor do Tempo tem dois corações moles e que, como o próprio Moffat gosta de dizer, ele é o super-herói mais diferente da história.

1 – Matt Smith e Peter Capaldi

Smith e Capaldi: os Doutores de Moffat
Quando aceitou se tornar o Doutor, em 2010, o trabalho de Matt Smith (The Crown) não era fácil. Além de substituir David Tennant (Harry Potter, Jessica Jones, Broadchurch), fã desde criança da série e tido como o melhor Doutor da história, Smith nunca tinha visto um episódio sequer de Doctor Who em sua vida, mas seu humor físico, juventude, charme nerd e a gravata borboleta conquistaram os whovians rapidamente.
O choque maior veio com Peter Capaldi (Skins), outro fã da velha guarda, como Tennant, que assumiu o papel com outra proposta: reviver o primeiro Doutor de William Hartnell. Arrogante e insensível, Capaldi sofreu várias críticas no começo de sua trajetória por conta das novas características, além de ter que atuar com histórias fraquíssimas em sua primeira temporada. Na 9ª temporada, no entanto, a série voltou a melhorar e Capaldi caiu nas graças do público, que viu o Doutor voltar a se aproximar dos humanos, numa evolução semelhante a Hartnell.

BÔNUS: O especial de 50 anos de Doctor Who, “O dia do Doutor” (2013), que juntou Matt Smith e David Tennant na resolução da Última Grande Guerra do Tempo, com a adição de John Hurt (Harry Potter, Alien, V de Vingança) como o Doutor da Guerra. A cena das 13 TARDIS voando juntas estará eternamente no coração dos whovians.
Steven Moffat, John Hurt, David Tennant, Matt Smith e Jenna Coleman no especial "O dia do Doutor"

10ª temporada moderna de Doctor Who estreia dia 15 de abril na Inglaterra, pela BBC, e dia 16 de abril no Brasil, às 20h no canal pago SyFy e marca a despedida de Steven Moffat como showrunner e de Peter Capaldi como o 12º Doutor.

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