Com a saída de Hugh Jackman da franquia dos mutantes, um ciclo se fecha para os fãs de longa data e muitas perguntas ficam em aberto sobre qual será o rumo que a Fox tomará para a série nas telonas: Prosseguirão de onde o filme de 2016 parou? Recrutarão um novo ator como Wolverine? Teremos um reboot? Enquanto respostas não chegam à tona, resolvemos trazer um veredicto de todo o universo mutante que nos foi apresentado nos cinemas, fazendo um “top 10” da franquia mais exótica criada pela Marvel:
10 - X-Men Origens: Wolverine
Quanta expectativa se aglomerou ao anuncio do primeiro filme solo do Wolverine... e quanto desgosto deve ter batido na alma dos fãs do Carcaju ao assistir o mesmo. Após o fechamento da primeira trilogia dos X-Men, a Fox teve a brilhante ideia de trabalhar em filmes solos dos principais personagens da franquia, e começaram justamente com o preferido da galera: o animalesco Wolverine (Hugh Jackman). No entanto, apesar de ter alguns elementos interessantes sobre o passado do anti-herói, o filme de origem possui diversas falhas na construção de sua narrativa, apresentando uma história pra lá de espalhafatosa e que, no final das contas, em nada acrescentam no contexto principal. E pelo amor de Apocalypse, o que foi aquele projeto bizarro de Deadpool no ato final do filme? É rir pra não chorar.
9 - X-Men: O Confronto Final
Um filme que teve a difícil missão de fechar a primeira trilogia cinematográfica dos mutantes com maestria, mas que infelizmente, assim como tantos outros longas-metragens, acabou caindo na maldição do terceiro filme (onde este acaba sendo o pior). O problema já começa quando contemplamos no início do filme a morte de um dos principais da forma mais “babaca” possível, ficando apenas registrada a ideia de que ele se foi, e depois disso a história só desanda com uma guerra fraquíssima entre "mutantes malvados X mutantes bonzinhos e humanos", mau aproveitamento dos personagens principais e a centralização num romance melodramático entre o Wolverine e a Jean Grey/ Fênix (Famke Janssen). Por fim, o que deveria ser um fechamento digno para a primeira leva de filmes dos X-Men, acabou por enfiar os braços pelas pernas (ou as “garras” pelas pernas).
8 - X-Men: Apocalypse
Caindo praticamente na mesma maldição do filme anterior, X-Men:Apocalypse teve como missão fechar a nova trilogia iniciada com o Primeira Classe. Apesar de ter ótimos pontos, tais como mostrar um foco maior no trabalho de equipe dos mutantes e as relações entre eles, o filme peca ao trazer um vilão mal explorado (e que nem de longe aparenta ser tão ameaçador quanto é nos quadrinhos), um andamento meio que jogado da trama e a supervalorização da personagem Mística (Jennifer Lawrence) como heroína, o que inclusive fez muitos fãs torcerem o nariz, já que esta sempre foi marcada como alguém do lado oposto a dos mocinhos, além disso, a franquia possui outras heroínas de peso que poderiam ser bem aproveitadas na trama.
7 – Wolverine Imortal
Este chega a ser uma incógnita. O segundo filme do Wolverine está muito longe de ser um desastre tal qual o Origens, mas também não conseguiu cumprir muito bem o que havia prometido. Com uma trama mais voltada para a pós-história da primeira trilogia, nosso querido Carcaju é levado para o Japão em busca de seu maior desejo: a mortalidade. A interação entre os personagens foram bem trabalhadas e o estilo samurai por vezes consegue conversar muito bem com o jeito animalesco do personagem (as lutas entre katanas e garras são muito iradas), mas com o decorrer do filme a história começa a sair dos trilhos e a pérola final fica por conta do grande vilão da história: o Samurai de Prata (Hal Yamanouchi). No tocante, é um longa que diverge opiniões: há quem goste, há quem odeie.
6 – X-Men: O Filme
O primeiro filme dos mutantes foi um grande marco para a indústria do cinema ao que constava sobre como se faz um filme de super-heróis, e impactou a todos com uma trama simples, porem bem executada. Apesar da centralização do enredo em cima de Wolverine e Vampira (Anna Paquin), a história soube dosar muito bem todos os pontos apresentados, sem longevidade de dramas melosos ou porradaria gratuita em excesso. O roteiro de David Hayter sob direção de Bryan Singer conseguiram entregar uma aventura competente ao passo que abriu as portas para que o "gênero super-herói” pudesse finalmente ser bem executado no cinema. Foi um ótimo filme para todos os fãs de longa data dos quadrinhos e também para aqueles que nem eram tão chegados a franquia.
5 – X-Men 2
Se o primeiro já havia sido bom, o segundo foi ainda melhor. Com mais interação entre os personagens e uma boa distribuição de foco para os mesmos, somado logicamente ao ótimo enredo da trama, X-Men 2 mostrava de forma esplendida o rumo que a série deveria tomar (mesmo que depois deste as coisas tenham meio que desandado para a franquia). A introdução de novos mutantes como Noturno (Alan Cummings) e Lady Letal (Kelly Hu) aprimoram ainda mais a história (como não lembrar daquela cena fantástica dentro da Casa Branca?), e algumas alianças inesperadas bem como revira-voltas prendem a atenção a cada nova cena, isso sem mencionar o final impactante com gosto de "quero mais". Pode-se dizer que Bryan Singer e sua equipe se superaram na produção desse longa.
4 – X-Men: Primeira Classe
A fim de contar a origem do Instituto Xavier, a Fox resolveu trazer uma nova trilogia com nossos amados mutantes de longa data quando ainda estavam descobrindo seus poderes. Mais uma vez o brilhantismo de Bryan Singer conseguiu conquistar a crítica com uma história que mostra a integração e dissipação da amizade entre Charles Xavier (James McAvoy) e Erick Lehnsher (Michael Fassbender), bem como a transformação dos mesmos em Professor X e Magneto. Outro ponto forte do filme é justamente a atuação de Jennifer Lawrence no papel de Mística, e a forma como ela leva toda a intriga pessoal de identidade da mesma diante de sua aceitação na sociedade. A trama mais uma vez dosa ação, humor, drama e aventura de maneira coerente e muito bem trabalhada. E nem é preciso dizer que foi a alavanca perfeita para o filme que conquistou a nossa medalha de bronze.
3 – X-Men: Dias de um Futuro Esquecido
Em nosso terceiro colocado está o filme que praticamente mesclou as gerações da antiga trilogia com a nova. X-Men: Dias de um Futuro Esquecido surgiu quase que como um reboot da franquia sem se desligar na cronologia até então apresentada, criando duas linhas do tempo que agradou tanto "a gregos como a troianos". A história ocorre em dois tempos distintos: em um presente distópico onde os mutantes estão sendo caçados e exterminados pelo programa Sentinela, ao passo que a mente de Logan está sendo mantida no passado por Kitty Pryde (Ellen Page) para tentar impedir que essa ameaça venha a se concretizar no futuro. A trama possui muitos momentos marcantes (tal qual a famosa cena do Mercúrio (Evan Peters) contra os guardas) e possui um final bem em aberto para uma maior e melhor exploração no universo cinematográfico dos mutantes. É simplesmente genial.
2 – Deadpool
A grande tentativa de dar um novo tom mais pesado e adulto ao universo cinematográfico dos X-Men nasceu justamente de Ryan Reynolds, o mesmo cara que interpretou o genérico e horrendo "Deadpool" de X-Men Origens: Wolverine, e que resolveu dar ao seu "personagem preferido da Marvel" um filme digno e à altura de sua pessoa. O projeto surgiu de uma animação em CGI mostrando como seria um verdadeiro filme do Deadpool, e depois de uma pequena pressão por parte dos fãs e do próprio Reynolds, a Fox se viu obrigada a abraçar a ideia e o resultado não poderia ter sido mais satisfatório: todo o sadismo, violência, humor ácido e até a quebra da quarta parede que sempre foi uma marca registrada do personagem estava ali. As piadas, canções, referências e Easter-Eggs foram bem executadas, e até mesmo a trama chega a ser uma paródia das histórias clássicas de super-heróis que devem salvar a mocinha em perigo do vilão. Deadpool conquista merecidamente a nossa medalha de prata.
1 – Logan
Alguém ai ainda tinha alguma dúvida sobre qual seria o nosso primeiro colocado? Logan mal estreou no cinemas e já é um sucesso de crítica, tanto especializada quanto de público. Com uma história baseada no consagrado quadrinho Wolverine: Velho Logan, o filme apresenta os personagens de Hugh Jackman e Patrick Stewart em um estado decadente, onde Logan e Charles Xavier vivem uma situação precária após os mutantes terem sido praticamente extintos, e acabam recebendo a missão de proteger a misteriosa Laura Kinney (Dafne Keen) que está sendo caçada pelo grupo de extermínio de Donald Pierce (Boyd Holbrook): Os Carniceiros. O mais impressionante é que a censura para 18+ (no Brasil 16) e toda a sanguinolência apresentada não foram postas ali de graça: tudo tem um propósito! Cada momento é essencial no andamento do filme, distribuindo de forma excelente o humor, drama, ação bem como a jornada de cada personagem (recomendo assisti-lo com um pacote de lenços do lado, pois há momentos que farão até o mais machão dos brucutus derramar umas lágrimas). Merece mais que uma medalha de ouro, pois trás um fechamento digno tanto para a trilogia do Wolverine quanto para toda franquia dos mutantes.
E então? Gostou da colocação dos filmes? Discorda de alguma delas? Deixe a sua opinião abaixo.