Mas antes de nos aventurarmos na maior das temporadas de vikings até então, vamos olhar um pouco para trás e relembrar os melhores e mais marcantes momentos das três primeiras temporadas. Das primeiras explorações de Ragnar no Oeste até a sua ascensão como Rei e suas alianças com a Wessex, vamos repassar tudo que nos fez vibrar, prender a respiração ou saltar do sofá durante a série, relembrando grandes personagens que marcaram e ainda marcam a história dessa brilhante série.
ATENÇÃO!: Spoilers das três primeiras temporadas da série abaixo, leia por sua conta em risco.
1 - Ragnar Lothbrok vs Earl Haraldson
Earl Haraldson (Gabriel Byme) apareceu apenas nos seis primeiros episódios da série, mas sua estadia, mesmo que breve, foi marcante e sua importância crucial para o desenvolver da trama. Haraldson era o conde que controlava Kattegat e se incomodava bastante com as audácias e insubordinações de Ragnar.
O primeiro momento marcante da série, sem dúvidas, foi o duelo no qual Ragnar desafia seu Earl em troca do comando de Kattegat. O final honroso de Haraldson deu um gostinho melhor ainda para a cena, além de marcar o primeiro degrau vencido por Ragnar rumo ao domínio do norte.
2 - A traição de Rollo
Com a vitória de Ragnar contra o Earl Haraldson, Kattegat começa diversas investidas rumo ao oeste buscando novos horizontes para desbravar e povos para sucumbir. Entre essas investidas, surgem novos nortistas querendo se aliar com o novo Earl, entre eles, o perspicaz Rei Horik (Donal Logue) e o voraz Jarl Borg (Thorbjørn Harr). Durante alguns confrontos tentando buscar a paz entre essas duas personalidades, Ragnar se vê em um ninho de cobras e tentações.
Nesse meio, seu irmão Rollo (Cliven Standen) é tantado por Jarl Borg a sair da sombra de seu líder e buscar a glória sozinho. Dessa forma ocorre uma das lutas mais sangrentas da série até então, onde os vikings de Kattegat se veem encurralados contra seu ex-amigo e ex-aliado, Rollo, que também era seu guerreiro mais formidável. A cena da morte de Arne (Tadhg Murphy) sem dúvidas é uma das mais sofridas da série até então.
3 - Earl Lagertha
Uma das personagens favoritas da maioria das pessoas que assistem Vikings sem dúvidas é Lagertha (Katheryn Winnick), primeira esposa da Ragnar, mãe de Bjorn Ironside (Alexander Ludwig) e um exemplo de personagem feminina atuante nas séries. Lagertha é forte, independente e desde sempre demonstrou não estar submissa a homem nenhum.
Após a separação de Ragnar e o abandono de Kattegat, muitos acreditaram que a personagem seria deixada de lado e que apenas Bjorn poderia voltar mais velho e se aliar ao pai. Para a surpresa - e felicidade - de todos, um novo Earl decide se aliar a Ragnar em novas investidas ao oeste. Uma das melhores cenas da série até então é o retorno de Lagertha, agora, uma Earl com sua própria cidade e exército. Impagável é a expressão de Ragnar durante a cena.
4 - Todas as conversas entre Ragnar e Athelstan
Personagem recorrente na série desde a primeira temporada, Athelstan (George Blagden) dividiu opiniões entre os espectadores. Um padre franciscano transformado em escravo pelos vikings que, com o tempo, se tornou o maior dos amigos de Ragnar Lothbrok. O desenvolvimento do personagem ao longo das três primeiras temporadas é excelente, assim como o aumento da sua importância para a trama.
Com isso, não é fácil escolher uma única conversa entre esses dois grandes amigos que não seja memorável. Qualquer um que goste pelo menos um mínimo de assuntos ligados a religião e/ou antropologia com certeza se deliciou com os diálogos muito bem construídos onde Ragnar e Athelstan comparam suas religiões e crenças, costumes e culturas de modo curioso e pouco julgador. Sem dúvidas, uma bela relação.
5 - A Execução da Águia Sangrenta em Jarl Borg
Uma das cenas mais marcantes da série. A execução de Jarl Borg foi um dos momentos mais marcantes da história de Vikings e, se essa lista estivesse organizada em um rank, essa daqui meus amigos seria uma das três melhores cenas de todas. Isso se deve ao fato da narrativa da série nos guiar de modo a acreditarmos que Jarl Borg conseguiria persuadir alguém a trair Ragnar e ajudá-lo a fugir até o último momento.
A Execução da Águia Sangrenta (ou Blood Eagle Execution) é o método viking de execução mais sangrento documentado. No processo, o culpado é deixado de joelhos e suas costas são abertas com uma faca. Com uma machadinha, seu carrasco quebra todas as suas costelas na altura da coluna e as abre, deixando os pulmões penderem para fora do corpo. A crença dizia que um viking executado dessa forma só entraria em Valhalla se não soltasse nenhum grito de dor durante o processo. E Jarl Borg, senhoras e senhores, foi um desses monstros.
6 - A contra-traição em cima de Rei Horik
Pouco tempo após o problema com Jarl Borg ser resolvido, Rei Horik começou a temer as intenções de Ragnar e a sua influência, um movimento muito parecido com o que Earl Haraldison fez no inicio da série. O problema é que aqui Horik tentou matar todos os aliados de Ragnar, ao invés de focar somente nele, corrompendo para isso um dos mais antigos amigos de Ragnar, Floki (Gustaf Skarsgård).
Claro que um dos melhores personagens da série não seria manipulado para trair seu líder tão facilmente assim. Mais uma vez a série nos guia para um lado e puxa nosso tapete na hora H. Quando todos pensavam que Floki trairia Ragnar em prol dos costumes antigos de Rei Horik o inverso se prova verdadeiro. Tudo era na verdade uma armação de Ragnar e Floki para descobrir e acabar com as reais intenções do rei. A cena dessa reviravolta, além de ótima, é seguida da "coroação" do novo Rei Ragnar.
7 - Todas as conversas entre Ecbert e Ragnar
Ta aí outra das melhores relações entre personagens de toda a série. Ragnar e Ecbert (Linus Roache) são equivalentes, porém opostos. Não é incomum ouvir a comparação de que "Ecbert é o Ragnar cristão". Duas personalidades tão imponentes e manipulativas juntas não poderia resultar em nada menor do que cenas incríveis e diálogos ainda melhores.
Concordando em alguma coisa ou discordando de algo, em tentativas mútuas de manipulação ou simplesmente tentando entender o que o outro está pensando, Ecbert e Ragnar são incríveis juntos. Uma das melhores cenas da dupla pode ser lembrada apenas pela pergunta: "Você é corrupto?".
8 - A armação de Rei Ecbert
Dando sequência a ótima relação que construíram entre os dois grandes Reis Conquistadores, não poderíamos deixar de citar a cena na qual o véu que escondia parte das armações do líder de Wessex cai para nós. Quando seu filho destrói todas as fazendas que Ragnar e Lagertha cultivaram em Wessex, tudo indica que Ecbert não sabia de nada, que seu filho estava agindo sozinho contra os costumes pagãos que jurou exterminar.
Porém na cena em que Ecbert acusa o próprio filho e seus aliados de insubordinação e traição, tudo isso cai por terra. Quando Ecbert finalmente fica sozinho com seu filho, ele o agradece por tudo que fez, demonstrando a genialidade do plano que acabou com as fazendas de Ragnar e, ainda por cima, denunciou todos os potenciais traidores de seu próprio reino. Cena incrível de um personagem incrível.
9 - A morte de Athelstan
A terceira temporada foi a mais alucinante e taquicárdica até então. Com vários episódios que poderiam ser a "season finale" da temporada, a morte de Athelstan se destaca como um evento assustadoramente inesperado e ao mesmo tempo impreterivelmente banal. A forma como a morte do padre é tratada na série deixa uma angústia tão grande que só começamos a digerir no final da temporada.
Morto por Floki em um momento de "conexão com os deuses", fica difícil saber quem estava mais conectado ali: Floki cumprindo a missão que lhe foi dada por Odin? ou Athelstan abraçando a morte após sua redenção e retorno à devoção cristã? Independente de quem está mais próximo dos deuses ali, com certeza a morte de Athelstan ainda será muito explorada nessa quarta temporada, pois além de uma importância colossal para a índole de Ragnar, também influencia diversas relações na série, como a de Kattegat e Wessex.
10 - A invasão de Paris
Encerrando o arco da terceira temporada, a invasão de Paris é o maior evento da história de Ragnar até o momento retratado. A maior cidade do mundo e também a mais protegida se mostrou suficientemente forte para resistir aos ataques mais ferozes dos vikings, que estavam aliados em quatro grandes exércitos.
Todas as cenas da invasão de Paris foram incríveis, com os devidos destaques para o insano líder de batalha Rollo, o duvidoso Bjorn e o irremediavelmente louco Floki. Além disso, as vantagens estratégicas do reino da Frankia foram muito bem retratados e os danos causados aos vikings, de prender a respiração. Mas sem dúvidas, a morte forjada de Ragnar encerra essa batalha de forma incrível e mais uma vez surpreende a maioria com o retorno do grande Rei dos Vikings que, mesmo ferido em batalha, consegue ser brilhante e feroz.
Contagem Regressiva!
Com essa lista de grandes momentos das três primeiras temporadas da série, nos resta aguardar mais alguns dias até o lançamento da gigantesca quarta temporada, que contará com 20 episódios. O que podemos esperar dessa nova saga? Será que veremos finalmente a morte do Rei Ragnar? Como se dará a relação de Rollo em Paris? E as alianças de Wessex? O que pensar das intervenções divinas sobre os acontecimentos terrenos? Será que mais tempo será avançado como já ocorreu na série? Muitas dúvidas serão retiradas nas próximas semanas...
E vocês leitores? Quais foram as suas cenas favoritas de Vikings até agora? E quais personagens marcaram mais? Não deixem de dar suas opiniões! Até a próxima!