Critica: Pedro Coelho, das telonas direto para a Páscoa

O novo longa do coelho arteiro e fofinho chega para os fãs do antigo desenho da TV Cultura e para as crianças acostumadas com Hora de Aventura.

Pedro Coelho chega aos cinemas nacionais nesta quinta, 22 de Março, depois de ter tido um começo conturbado no exterior. Longe das polêmicas das piadas feitas no idioma original, o longo mistura homenagem ao desenho antigo, piadas com referências da cultura pop e a mensagem fofa que é a essência da história do Pedro.

Pedro e sua família precisam enfrentar o Sr. Sebastião para se alimentar e quando pensam que finalmente ganharam tem uma surpresa que colocam os peludos em várias situações difíceis.

A adaptação da obra da britânica Beatrix Potter tem direção e roteiro de Will Gluck, diretor de comédias como Amizade Colorida e A Mentira. A direção é redondinha e entrega um filme divertido com uma ar nostálgico de animações como Tom & Jerry e Pernalonga. As piadas podem ficar um pouco difíceis das crianças entenderem, mas agrada aos pais com as referências aos anos 80. Fiquem atentos aos easter-eggs.

A mistura de live-action com animação não estraga a experiência do filme. As belas paisagens do interior da Inglaterra casam perfeitamente com os animais, muito bem animados, com aspecto real, mas antropomorfizados pelas roupinhas características da história. Algumas cenas são tão lindas que nos faz querem abandonar a cidade grande e ir viver com os animais.

Os atores estão muito bem, Domhnall Gleeson (Star Wars XVIII: Os últimos Jedi) mostrou que também tem talento cômico e junto com Rose Byrnes fez um ótimo trabalho com Pedro. Para variar os dubladores brasileiros arrasam e fazem um excelente trabalho.

Um ponto fraco do filme são as músicas originais, sendo um pouco enfadonhas e nada memoráveis. Ainda assim Pedro Coelho é um excelente filme para divertir no próximo feriado, que alias é pascoa, e uma forma de os fãs do desenho matarem a saudade de seus personagens de infância.