Critica: 12 Heróis, filme de guerra ou faroeste?

O novo filme de Chris Hemsworth conta uma história real que por si só já é material suficiente para um filme por seus vários pontos surreais.

Em momentos difíceis da política norte-americana, surgem filmes de patriotismo a fim de trazer um sentimento nacionalista para o país. Nesses momentos surgem heróis cinematográficos e filmes com tema de guerra.

Este ano, onde a população tenta não se dividir entre os xenófobos e os partidários dos imigrantes é bem oportuno trazer aos cinemas um filme sobre a primeira resposta dos Estados Unidos ao ataque de 11 de setembro de 2001.

Chris Hemsworth dá vida ao capitão que liderou uma equipe de 11 homens até uma cidade invadida pelo comando do talibã, que estava trabalhando com a Al Quaeda, e realizou a primeira resposta ao ataque que parou o mundo. O roteiro adaptado do livro homônimo, por si só já é inacreditável, apesar de baseado em fatos, quando que em pleno século 21 imaginaríamos homens lutando à cavalo contra tanques?

Em uma mistura de filmes westerns e Snipper Americano, mais pelo contexto do que pela história, a trajetória destes soldados é contada de forma atual em algumas partes, não generalizando na figura do árabe mau, mas pondo a figura boazinha no americano que enfrenta a ameaça externa.

A equipe do capitão Mitch Nelson (Chris) tem 21 dias para chegar no comando do talibã e desestabilizar a organização do inimigos, mas devido à geografia local só era possível atravessar as montanhas à cavalo. É neste ponto que a história passa a misturar elementos de faroeste, com direito até à um tiroteio com cara de bang bang.

O elenco foi bem escalado, mas como são muitos heróis apenas três tem suas histórias um pouco aprofundadas. Além de Hemsworth, Michael Shannon (A Forma da Água), Michael Peña (Homem-Formiga) e Navid Negahban (da TV, Homeland) se destacam.

Uma história cheia de clichês sobre patriotismo e heroísmos, mas bem feita e que vale a pena pela história destes homens que passaram por situações nunca imaginadas em pleno século 21.