Depois de 7 anos como produtor executivo de
Doctor Who,
Steven Moffat se despede na décima temporada (levando consigo o 12º Doutor
Peter Capaldi), dando lugar a
Chris Chibnall (
Broadchurch;
Camelot). Nesse tempo de trabalho, Moffat acumulou polêmicas, variações de audiência e dois Doutores. Mas uma coisa é certa: Doctor Who nunca foi tão intrigante. Vamos agora a uma lista dos
7 erros de Steven Moffat em Doctor Who.
Aviso: Este post contém spoilers
7 – O adeus de Amy e Rory
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O 11º Doutor com os Ponds |
Na sétima temporada da era moderna de Doctor Who, tudo parecia lindo.
River Song (
Alex Kingstone,
Arrow e
Gilmore Girls) era a mulher perfeita para o Doutor, que tinha o casal
Amy Pond (
Karen Gillan,
Guardiões da Galaxia) e
Rory Williams (
Arthur Darvill,
Legends of Tomorrow) como seus melhores companheiros desde
Sarah Jane Smith (
Elisabeth Sladen). No entanto, o episódio “Os Anjos dominam Manhattan” levou marido e mulher para um passado inalcançável para o Doutor e a TARDIS. Passado o luto, nunca mais se ouviu falar dos dois, apesar das duas temporadas e meia de aventuras pelo tempo e espaço.
6 – “O Casamento de River Song”
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River Song antes de "matar" o 11º Doutor |
Um dos episódios mais frustrantes da era Moffat foi exibido no final da sexta temporada e deveria ser o epicentro do amor entre River e o Doutor. Ao invés disso, foi um dos episódios mais confusos e cheio de buracos no roteiro, além de terminar a temporada de uma maneira extremamente anticlimática.
5 – Toda a 8ª temporada, ou quase
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Clara Oswald e o 12º Doutor |
Por melhor que Peter Capaldi e
Jenna Coleman tenham atuado durante suas estadias na série, o quarto ano sob o comando de Moffat foi um desastre. O produtor apressou arcos que poderiam ser melhor explorados e não conseguiu adaptar as histórias ao Doutor rabugento proposto por Capaldi.
4 – “Os Homens de Neve”
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Os famigerados homens de neve |
Provavelmente o pior especial de Natal dos últimos anos teve o Doutor reencontrando a Grande Inteligência, que passou a dominar bonecos de neve para aterrorizar a Londres vitoriana. O episódio deixa um grande sentimento de
filler, além de ser apenas um gatilho para o Doutor esquecer de vez os Pond.
3 – Ouvir demais os fãs
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Tanques atraem espectadores |
Claro, se você não agrada os fãs, a série perde seu público. E se a série perde o público, não tem porque a mesma continuar. Mas isso não quer dizer que Moffat deveria ter cedido tanto ao público
whovian, que pedia que River Song tivesse uma participação menor na vida do Doutor (sumindo de “O Nome do Doutor” até o especial de natal de 2015), ou que Capaldi fosse mais carinhoso, contrariando a proposta de ator e produtor de relembrar e homenagear o primeiro Doutor de
William Hartnell. O Doutor abraçar era mesmo tão importante?
2 – Poucas viagens ao passado
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Churchill e Daleks. É sério. |
A premissa da série, quando idealizada nos anos 1960, era ensinar um pouco de história e tecnologia para os telespectadores mais novos, com viagens para passado e futuro explorando acontecimentos reais e fictícios. O problema é que quase sempre que as viagens aconteciam com Moffat, o Doutor era atacado por
Daleks,
Cybermen ou qualquer outro inimigo clássico que pudesse vir a cabeça dos escritores para ficar “menos entediante”.
1 – A "morte" de Clara Oswald
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Clara Oswald encara o corvo |
Eu avisei, grandes spoilers na lista! No episódio
“Encare o corvo”, da nona temporada, o Doutor vê Clara morrer e é transportado de volta a
Gallifrey. Numa das várias reviravoltas típicas da série, o Doutor sequestra Clara e a congela no último segundo da sua vida, condenando-a a uma vida fugindo dos Senhores do Tempo. Para facilitar essa tarefa, o Doutor programa uma máquina para apagar qualquer memória que Clara tenha dele. Triste? Claro! Mas uma cicatriz que marcará para sempre o Doutor, certo? Errado! Moffat entrou em ação e decidiu que o tiro sairia pela culatra, fazendo com que o 12º esquecesse completamente uma das melhores e mais fortes companheiras da série moderna, impedindo um peso emocional que poderia dar o tom da 10ª temporada.
A
10ª temporada moderna de Doctor Who estreia dia
15 de abril na Inglaterra, pela
BBC, e dia
16 de abril no Brasil,
às 20h no canal pago
SyFy e marca a
despedida de Steven Moffat como showrunner e de Peter Capaldi como o 12º Doutor.