Quando começou, em outubro do ano passado, a sétima temporada de The Walking Dead prometia ser um dos melhores anos da série, com uma premiere emocionante que mostrou tudo o que estava em jogo ao enfrentar Negan (Jeffrey Dean Morgan) e Os Salvadores. Mas, depois de 16 episódios, a AMC entregou uma temporada lenta e sem um foco específico que prendesse os espectador.
O grande problema da série, que realmente tem um ritmo mais moderado em relação a suas concorrentes, foi a grande expectativa criada por seus produtores, que prometiam grandes embates entre os diversos grupos apresentados entre o 6º e o 7º ano. O que se viu na tela, no entanto, foi uma tentativa frustrada de desenvolver cada colônia, com tomadas longas e diálogos rasos que pouco adicionavam à narrativa.
Negan (Jeffrey Dean Morgan) foi uma das poucas coisas boas na temporada |
Apesar do esforço dos atores, os episódios se arrastaram, com a temporada se dividindo em dois arcos pouco criativos: na primeira metade, o grupo de Alexandria se curvava aos Salvadores, para se preparar (e se arrastar) para a batalha no resto do ano. A escolha dos roteiristas de focar cada episódio num grupo específico, dentre tantos (Alexandria, Salvadores, Hilltop, Ocean Side, Lixão e O Reino), fez com que a temporada se tornasse maçante e desinteressante, deixando a impressão de enormes fillers que serviram apenas para encher linguiça e aumentar o número de zumbis (cada vez mais ausentes) da série.
Zumbis sumiram da série no sétimo ano |
Outra escolha preguiçosa dos roteiristas foi a maneira como os vivos lidam com os mortos: para mostrar a ameaça dos humanos, os zumbis ficaram mais burros, mais lerdos e muito mais fáceis de matar, como se, de repente, Rick passasse a jogar a vida no modo easy. Mesmo os figurantes de Alexandria e Hilltop, antes isolados por muros dos walkers, se tornaram exterminadores de mortos-vivos de primeira categoria, dando inveja a Milla Jovovich e sua vida na franquia Resident Evil.
Rei Ezekiel (Khary Payton) e Shiva: rei e tigresa foram pontos fora da curva em temporada fraca |