Doze naves extraterrestres estão espalhadas pelo mundo, sem qualquer explicação. Estão ali só para ter presença, ocupando o espaço, como uma imensa rocha flutuando no ar. Até que os humanos decidem descobrir o motivo. Para isso precisam entender o que os outros querem. Entra em cena a Dra. Louise (Amy Adams, com sua atuação esplêndida e convicta), uma linguista que pretende decifrar os códigos que recebe para, enfim, entender o motivo da Chegada.
Este foi o meio escolhido por um dos doze países para o desconhecido: conversar. Os outros onze lados do mundo ameaçam guerra. E, nesse ponto, também acertaram em cheio. Por que digo isso? Ora, podemos ver claramente, em 12 nações, como as pessoas e suas culturas reagiriam com o desconhecido. Chega a ser fascinante saber que, de um lado, estão mandando aviões, jatos e tanques para a nave mais próxima; enquanto do outro lado, Dra. Louise tenta ensinar para as criaturas como se diz "humanos".
Entretanto, não é um filme sobre alienígenas. Eles estão lá, mas não é sobre eles.
Temos uma história sobre amor, sobretudo. E, claro, comunicação. Quando ambas as partes se entendem, algo pode ser feito. E isso é o mais brilhante sobre o filme! (O melhor, na verdade, é que a linguagem alienígena, usada por círculos durante todo o longa, realmente foi criada e FUNCIONA!).
Aqui, cada cena é importante. E quando as iniciais começam a fazer sentido e te tocar lá no fundo da alma, é sinal de que os créditos já estão aparecendo e que o filme cumpriu com seu propósito.
Por mais que outras dúvidas apareçam e que antigas não tenham sido solucionadas, A Chegada consegue surpreender. Se ficar mais interessado, como eu fiquei, o que você procura pode estar no livro “A História de Sua Vida” de Ted Chiang, que foi a base para o filme.
Como podem ver nesse texto, quase nada foi dito sobre o filme, e com um bom motivo: A Chegada é o tipo de película que quanto menos você souber, melhor. E quanto mais vezes assistir, melhor. Esqueça os trailers. Evite comentários. Apenas assista!